No âmbito do projecto de conservação, valorização e comunicação da obra do Daciano da Costa, a equipa dá continuidade ao desejo do autor de preservar o seu espólio continuando a apresentar a sua obra a instituições e museus nacionais e internacionais.
No âmbito do projecto de conservação, valorização e comunicação da obra do Daciano da Costa, a equipa dá continuidade ao desejo do autor de preservar o seu espólio continuando a apresentar a sua obra a instituições e museus nacionais e internacionais.
A Universidade NOVA de Lisboa e o Atelier Daciano da Costa assinaram, no dia 16 de novembro de 2021, um protocolo que visa o desenvolvimento de projetos de investigação e inovação nas áreas de confluência entre Design, Cultura e Tecnologia e a capacitação de jovens para as áreas de criação em design de produtos com uma base tecnológica, através de atividades de formação desenvolvidas pelo Atelier em conjunto com académicos da NOVA.
Daciano da Costa (1930-2005), um dos mais destacados designers portugueses, entrou na colecção permanente do Museu de Design da Vitra, um dos principais museus de design do mundo.
Daciano da Costa será representado com dois modelos seleccionados pelo Vitra Design Museum, que são agora objectos chave da história do design, entre outras personalidades importantes do design.
Cadeira Quadratura (1971) e Cadeira Alvor Hotel (1967)
É com grande satisfação que partilhamos este importante momento para a divulgação não só da obra do autor como do Design Português a nível internacional.
Recuperação dos interiores e projecto de mobiliário – sala de sessões públicas, gabinete de apoio, entrada, sala polivalente, Passos Perdidos e recepção de público (piso térreo); mobiliário do gabinete do presidente - 1997; mobiliário do vice-presidente – 1998. Mais recentemente juntaram-se às peças Daciano da Costa já existentes, 2 Tapeçarias Penta (PENTA 3 Yellow e PENTA 11 Green) para a sala dos vereadores. Realizou-se em 2019 a recuperação das poltronas La Stupenda já fruto do trabalho do Atelier Daciao da Costa.
São 19 projetos de arquitetura em território português que estão nomeados para o Prémio da União Europeia para a Arquitetura Contemporânea Mies van der Rohe 2022. Entre eles encontra-se o Centro de Artes e Criatividade de Torres Vedras, da autoria do arquiteto José Neves.
O edifício onde se encontra o Centro de Artes e Criatividade de Torres Vedras situa-se na Encosta de São Vicente. A sua configuração resulta da reabilitação e reconversão do antigo Matadouro Municipal de Torres Vedras.
O Arquitecto José Neves integrou cadeiras do modelo Alvor Casa da Música da autoria do Designer Daciano da Costa, neste seu projecto de arquitectura de interiores no espaço de cafetaria do edifício.
Em 2021, dando continuidade às intervenções que o Turismo de Lisboa desenvolveu em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e 90 anos após a inauguração da Estação Sul e Sueste, do arquiteto Cottinelli Telmo, celebramos a reabertura deste edifício agora dedicado ao turismo marítimo e fluvial.
Para Cottinelli Telmo "o edificio ter[ia] esse carácter moderno em que, banida tôda a decoração sentimental e inutil, fica quasi apenas um jogo de volumes e de lisos em que falam principalmente a lógica de construção e as proporções".
Para seguir esse principio, sem “sentimentalismos”, apesar do “peso” da responsabilidade pela relação familiar com o arquitecto, procurou-se adotar uma filosofia de restauro, garantindo as proporções, num trabalho de reforço de todo o edifício.
O projeto de mobiliário para o Átrio Principal viria valorizar e dar sentido ao conjunto: por isso a inevitável escolha (também por razões familiares e não só) das poltronas Boroa de Daciano da Costa para consolidar o carácter verdadeiramente intemporal do edifício.
Um testemunho da passagem de 3 gerações de arquitetos neste lugar voltado ao rio.
Pela Arquitecta Ana Cottinelli Telmo Monteiro da Costa
A poltrona Boroa 2, desenhada para o CCB em 1990, incorpora em 2015 a colecção permanente do Museu Nacional de Arte Moderna. Proposta museológica e de doação que foi aceite no mesmo ano pelo presidente do Centre Georges Pompidou.
A Poltrona Boroa faz parte de uma série de móveis especialmente concebidos para o Centro Cultural de Belém. Situado na zona monumental de Belém, em Lisboa, junto ao Mosteiro dos Jerónimos e na proximidade da Torre de Belém, este complexo foi construído para receber a sede da primeira presidência portuguesa da União Europeia, em 1992. Para além da zona de congressos, as suas valências funcionais incluem uma vasta área expositiva e dois auditórios, com capacidade para espectáculos de ópera, teatro, cinema e música.
Um concurso público internacional permitiu seleccionar a proposta da equipa coordenada pelos arquitectos Vittorio Gregotti e Manuel Salgado. Daciano da Costa teve a seu cargo o projecto de equipamento fixo e mobiliário do conjunto.
A arquitectura é caracterizada pelos seus volumes regulares, ortogonais, opacos, bem ancorados ao solo.
A composição assenta numa ordem clara, onde predomina a simetria. Nos móveis que desenhou para este edifício, Daciano da Costa aplicou e desenvolveu os mesmos princípios. São objectos com uma grande estabilidade física e visual, com apoios sólidos, forma simétrica.
No caso da Boroa, a construção metálica com um forte carácter industrial, destaca a delicadeza aparente do assento e entra em contraste com a pele que reveste as zonas estofadas, aquelas que recebem os utilizadores. Povoando zonas de espera e espaços de circulação do público, isolada ou em grupo, a Boroa assume uma vaga imagem zoomórfica e uma discreta afectuosidade.
A obra de Daciano da Costa está presente na coleção permanente do Museu do Design e da Moda desde Junho 2010, data em que foi celebrado o contrato de depósito de colecção museológica do espólio Daciano da Costa.
Constituído por um conjunto de peças de design, maquetas e modelos provenientes da coleção particular apoiando a missão do Museu de divulgar e promover junto do público nacional e internacional a evolução do design do século XX através de um projecto museológico dinâmico, aberto e inovador, onde estão presentes as diversas perspectivas, sensibilidades e linguagens do design.
O espólio Daciano da Costa tem permitido qualificar as acções desenvolvidas pelo MUDE, enriquecendo os seus conteúdos contribuindo assim para a sua maior visibilidade.
O espólio de Daciano da Costa depositado no Forte de Sacavém desde 2002, data em que foi celebrado um contrato de comodato do arquivo pessoal do professor e designer Daciano da Costa, entre o próprio e o estado portugués, através da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, actual Direcção Geral do Património Cultural (DGPC).
As peças designadas constituem 13.653 desenhos e 7.949 fotografias.
A arquitectura de interiores e mobiliario de algumas salas da Reitoria da Universidade de Lisboa são da autoría de Daciano da Costa. Ainda hoje podemos encontrar a sua obra em algunas salas da Reitoria: gabinete e salão do reitor, sala oval ou de pequenos banquetes, sala de reuniões do senado, salão nobre, aula magna.
FINS CARITATIVOS, ARTÍSTICOS, EDUCATIVOS E CIENTÍFICOS
Daciano da Costa foi convidado a participar no projecto de arquitectura da sede da Fundação entre 1966-1969, concebeu o projecto de arquitectura de interiores, de equipamento e de mobiliário de alguns espaços: biblioteca de arte, cafetaria, vestíbulo/átrio inferior do Museu, foyer, bar do grande auditório, zonas de refeiçoes para funcionario, administração, plateia dos pequenos auditórios. Foi igualmente posteriormente convidado em 1999 para a sua remodelação. Assim sendo, ainda hoje pode ver toda a sua obra neste espaço emblemático na cidade de Lisboa.
Entre 1971 e 1972, Daciona da Costa juntamente com a Metalúrgica da Longra desenvolveu o projecto de arquitectura de interiores e de equipamento do laboratorio.
Ainda hoje pode visitar e encontrar algumas peças da sua autoria: sala de congressos, sala de reuniões, vestíbulo principal, biblioteca, cafetaria, sala de exposições.
O projecto de equipamento e mobiliário para o Centro Cultural de Belém (CCB) foi conduzido pela busca de afinidades formais e estruturais com o seu contexto. Em coerência com a clareza modular, o predominio da expressão volumétrica e a estrita ortgonalidade da arquitectura. Sendo uma obra concebida entre 1990 e 1992, ainda hoje podemos encontrar peças da autoría de Daciano da Costa em algunas salas: grande auditório, cafetaria, balcão de recepção, restaurante, sala de jantar da presidência.
Entre 1993 e 1994 o Projecto de recuperação do mobiliário do Coliseu foi realizado por Daciano da Costa. Ainda hoje, se for a um espectáculo ou concerto terá um lugar sentado numa cadeira de plateia ou numa cadeira de camarote desenhada por Daciano da Costa. Também ainda se encontram presentes, a plateia desmontável, os camarins, os espaços de restauração, a loja de música e o pequeno auditório.
No mobiliário de interiores para o edífico da Casa da Música (2005), projetado pelo arquiteto holandês Rem Koolhaas, como parte do evento Porto Capital Europeia da Cultura, o arquitecto elege da obra Daciano da Costa mobiliário concebido para o Teatro Villaret (1964-1965), o Hotel Alvor (1966-1968), o Hotel Altis (1971-1974), o Coliseu dos Recreios (1993-1994) e a Fundação Calouste Gulbenkian (1966-1969/1999/2001). Sendo que a Casa da Música inaugurou em 2005, as diversas reediçõe,s selecionados por Rem Koolhaas, estão ainda hoje intergradas nos espaços arquitectónicos da Casa da Música no Porto.
Para a Casa da Música a versão original da poltrona Boroa 2 foi metamorfoseada, por sugestão da OMA, ganhando cores saturadas e contrastes fortes. Com deliberada ambiguidade, um assento único, contínuo, confronta-se agora com a mutiplicação de encostos e pernas correspondestes.
Entre 1997 e 1998 Daciano da Costa viria a intervir numa partedo piso térreo anteriormente ocupada com serviços burocráticos e que se decidiu recuperar para funções representativas. Em espaços adjacentes ao átrio principal, criou-se uma área para recepção do públicoe uma galería de exposições: ao fundo, uma nova sala de sessões públicas e os respectivos passos perdidos. Assim, ainda se pode ver hoje em dia a recuperação de interiores e o projecto de mobiliário realizado por Daciano da Costa: sala de sessoes públicas, gabinete de apoio, entrada, sala polivalente, Passos Perdidos e recepçao de público (piso térreo), mobiliário do gabinete do presidente e vicepresidente.
Os paradigmas da arquitectura brasileira do Movimento Moderno e a memoria das vanguardas do inicio do século – neoplasticistas e suprematistas, a Bauhaus e Le Corbusier – têm uma presença muito evidente no conjunto do hotel. Entre 1972 e 1984 Daciano da Costa concebeu a arquitectura de interiores desta obra em estreita relação com seus autores, os arquitectos Oscar Niemeyer e Viana de Lima. Embora tenha sofrido alterações ainda se mantiveram algums quartos com a arquitectura de interiores original: restaurante, grill, cafetaria, casino sala de jogos, cineteatro.
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