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Mais um museu do que uma galeria, o espaço oferece alguns produtos para compra. É administrado pela filha de Daciano da Costa (1930-2005), um renomado designer de produtos e interiores das décadas de 50, 60 e 70. Inês Cottinelli gentilmente abriu a galeria para me receber em uma manhã de sábado, demonstrando sua dedicação ao cancelar seus planos de fim de semana com a família para me dar uma visita guiada. Ela criou este espaço para homenagear o legado de seu falecido pai, Daciano da Costa, e garantir que sua obra perdure. Sua missão é focada em comunicar, preservar e globalizar o trabalho de toda a vida de seu pai. Os designs de Daciano da Costa transmitem uma visão de mundo única e uma filosofia de design que vale a pena compartilhar.

A paixão de Inês é contagiante. Ela mantém viva a memória do pai, documentando meticulosamente sua vida. Diz que aprendeu mais sobre ele desde sua morte do que lembra de sua infância, e está comprometida a promover e disseminar o legado dele. Eles relançaram linhas selecionadas de objetos das coleções de Daciano da Costa, com o objetivo de introduzir seus designs em novos ambientes, tanto como peças independentes quanto integradas em projetos de outros designers, incluindo espaços privados.

Como um dos mais notáveis designers de Portugal, Daciano da Costa foi homenageado com a inclusão de seu trabalho na coleção permanente do Vitra Design Museum, conhecido mundialmente por sua dedicação à excelência em design. O Vitra Design Museum selecionou dois modelos de Daciano da Costa: a Cadeira Quadratura (1971) e a Cadeira Hotel Alvor (1967), reconhecendo-os como objetos fundamentais na história do design ao lado de outros designers influentes. Inês deve celebrar essa conquista significativa, pois marca um marco no reconhecimento e disseminação internacional do trabalho de Daciano da Costa—e, em última análise, no objetivo de vida dela.