Daciano da Costa ingressou como docente convidado do Departamento de Arquitectura da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa em 1977. Fez a transição para a Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, chegando ao topo da carreira em 1998, como Professor Catedrático Convidado, sendo distinguido com o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade Técnica de Lisboa (UTL). Concluiu os seus 25 anos de carreira académica como Professor Catedrático Convidado.
Daciano da Costa ingressou como docente convidado do Departamento de Arquitectura da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa em 1977. Fez a transição para a Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, chegando ao topo da carreira em 1998, como Professor Catedrático Convidado, sendo distinguido com o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade Técnica de Lisboa (UTL). Concluiu os seus 25 anos de carreira académica como Professor Catedrático Convidado.
Começou por programar e lecionar a cadeira "Desenho II" no curso de Licenciatura em Arquitectura, tendo em vista a criação de opções especializadas em Arquitectura de Interiores e Design Industrial no período final da formação. No curso de Licenciatura em Arquitectura do Design, criado em 1992 na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (FA-UTL), foi responsável pela elaboração e implementação do plano de estudos e dos programas das disciplinas fundamentais, assumindo também a orientação pedagógica dos docentes que as leccionaram. Jubilado em 2000, continuou a exercer as funções de coordenador desse curso. Foi um dos fundadores e coordenadores científicos do primeiro curso de Mestrado em Design da FA-UTL (2002) que esteve na génese do atual Doutoramento em Design da FA-UL.
Formado em Pintura pela Escola António Arroio (1943-1948) e pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (1950-1961), Daciano da Costa abandonou uma carreira promissora nas artes plásticas para investir com convicção nas disciplinas do projecto. Colaborou com Frederico George, seu principal mestre, entre 1947 e 1959. Estabeleceu então atelier próprio, a partir do qual desenvolveu uma carreira notável como projectista. Destacou-se no design para a indústria (sobretudo para a Metalúrgica da Longra, a partir de 1962) e no desenho de interiores públicos: Reitoria da Universidade de Lisboa (1960-1961), Biblioteca Nacional (1965-1968), edifício-sede e Museu da Fundação Calouste Gulbenkian (1966-1969), hotéis Madeira Hilton (1970-1971), Altis (1971-1974), Penta (1971-1975), Casino Park (1972-1984), Cento Cultural de Belém (1990-1992), Paços do Concelho de Lisboa (1997-1998), entre muitos outros.
No ensino, o seu testemunho foi passado a sucessivas gerações de arquitectos e designers, propondo-lhes o seu modo de entender o ambiente construído. Defendia a existência de uma unidade fundamental entre as diversas escalas do projecto – do território à cidade, da arquitectura ao objecto de uso –, fazendo a apologia de um património que lhes é comum: a "cultura do desenho", a racionalidade e o método. Entendia que todos os objectos participam na construção do ambiente humano e que estes apenas no seu contexto podem ganhar sentido, tanto nas suas dimensões físicas (o contexto construído) como nas suas dimensões culturais (o contexto socio-económico, o contexto histórico...). Ao mesmo tempo que reclamava essa herança ancestral partilhada, empenhou-se na afirmação e na defesa da autonomia do Design.
A inquietação permanente de Daciano da Costa, a sua capacidade para transformar os sinais desencontrados da realidade quotidiana em estímulos convergentes, a lucidez e inteligência com que encarava as adversidades para as converter em agentes positivos foram uma das grandes lições que nos deixou.
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