Sistema de utensílios de cozinha em esmalte.
Esta série de utensílios de cozinha, produzidos em esmalte, tinha como base de desenvolvimento a coordenação formal e métrica entre os diversos modelos e a intermutabilidade entre as peças que os compunham.
A forma particular das pegas permitiria que as tampas pudessem ser também usadas como recipientes; os modos de encaixe e de sobreposição foram estudados para possibilitar uma melhor arrumação e transporte. A opção pela forma quadrangular, recusando o círculo tradicional, pretendia contribuir para a rentabilização racional dos espaços. Propunha, por outro lado, uma alteração de comportamentos, esbatendo a distinção entre o trabalho de preparação de alimentos e o seu consumo. Estes eram objectos ambivalentes, concebidos para o fogão, mas também para servir à mesa – tal como os recipientes em vidro pirex, recentemente surgidos. O colorido variado correspondia a esse desejo de qualificação da “paisagem doméstica” e à afirmação da modernidade no universo do trabalho da casa, a par daquilo que vinha já sucedendo com a aceitação crescente de objectos produzidos em matérias plásticas e com os móveis e equipamentos revestidos em termolaminado.
Metalúrgica Duarte Ferreira, Fábrica Águia | Manuel Macara, Duarte Ferreira
Daciano da Costa, José Brandão e José Santa Bárbara.
Protótipos. Não produzido industrialmente.
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